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Covid-19: Entre acções exemplares, minimalistas e a progressão da pandemia


Até aqui acusado de minimizar a magnitude da pandemia da Covid 19, o Governo egípcio teve de tomar medidas radicais, depois da morte de dois generais próximos do Presidente Abdel Fattah al-Sisi
 
O primeiro país africano a ser afectado pela pandemia impôs um recolher obrigatório das 19h às 6h aos seus 100 milhões de habitantes no último sábado, um mês e meio depois de ter sido detectado o primeiro caso.O recolher obrigatório vai durar, no mínimo, duas semanas. Quem não cumprir arris-ca-se à prisão. Cafés, restaurantes, escolas, universidades, igrejas e mesquitas estão todos fechados.
 
Só depois da notícia da morte dos dois generais circular nas redes sociais é que as autoridades reconheceram publicamente os factos. Sem um comunicado oficial detalhado, as autoridades governamentais anunciaram, nos órgãos de comunicação social, o reforço das acções de combate à Covid 19
 
Em meados deste mês, o exército egípcio ainda fez uma campanha de pulverização das principais artérias da cidade, incluindo a conhecida praça revolucionária Tahrir, símbolo da “Primavera Árabe”, que derrubou o governo de Osni Mubarak, falecido há cerca de um mês

Na cidade de Alexandria, perto de uma centena de pessoas foram às ruas para ma-nifestar-se contra um inimigo invisível, mas que podia estar no meio deles através do ar respirado e do suor de cada manifestante: o Novo Coronavírus
 
A quarentena intermitente da tentacular Kinshasa
 
Na República Democrática do Congo (RDC), em Estado de Emergência sanitária desde o dia 25, a tentacular capital Kinshasa foi isolada das restantes 25 províncias e deve ficar semanas de “confinamento” total, mas de forma intermitente
 
A modalidade deste “confinamento” é de quatro dias, sendo temporariamente in-terrompido, já no dia 1 e 2 de Abril. A rotação dura três se-manas e os “Kinois” (naturais de Kinshasa) são os primeiros cidadãos autorizados a circular para conseguirem alimentos e prestarem serviços administrativos mínimos, antes de voltarem ao “confinamento” nos quatro dias seguintes

A oposição política e a sociedade civil criticam este critério, diz que não atendeu à situação económica e social, e consideram radical a decisão unilateral do governo da província de Kinshasa de começar primeiro pelos “Kinois”
 
Estas organizações consideram que as medidas não se adaptam a uma cidade com sérios problemas de abastecimento de água e de electricidade. A RDC registou já cinco mortes associadas à Covid 19, dos 58 casos oficialmente registados, e três curados. Todos estes casos foram registados em Kinshasa, mas há já notícias de que, em Itouri, Leste da RDC, foi já detectado um caso. As autoridades ainda não confirmaram
 
Políticos reforçam pessoal médico em Marrocos
 
Em Marrocos, um dos países considerados exemplo africano no combate à pandemia da Covid 19, cerca de 50 personalidades políticas, formadas em Medicina, podem reforçar o pessoal médico face à progressão da doença. “Se ainda não se esqueceram que são médicos, então devem dirigir-se aos hospitais mais próximos de casa para dar uma ajuda e prestar solidariedade neste período de crise” disse o deputado Badr Tahiri, citado pela revista Jeune Afrique

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