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Ministra da Saúde agradece apoio da OMS na luta contra a Covid-19


A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, agradeceu à Organização Mundial da Saúde (OMS), pela “pertinência do alerta endereçado aos países africanos na fase inicial” da pandemia da Covid-19, o que levou a “prestigiosa assistência e prevenção de casos”, atendendo aos desafios específicos e as fragilidades dos sistemas de saúde na região

Sílvia Lutucuta falava segunda-feira na 73ª Assembleia Mundial da Saúde, durante uma conferência global virtual que juntou todos os países membros. A ministra da Saúde considerou que a Assembleia serviu para dar orientações precisas destinadas a controlar a actual pandemia da Covid-19, que aflige todos os países e acrescentou valores substanciais em benefício da saúde mundial

“Este ano reunimo-nos de uma forma diferente, num contexto bastante complexo do ponto de vista sanitário, social e económico, que requer de cada país e todos juntos, encontrarmos estratégias inovadoras e pragmáticas para responder aos desafios jamais experimentados e registados na história recente da humanidade”, considerou a ministra

A titular da Saúde referiu que Angola, como os demais países em transição demográfica, epidemiológica e económica, com sistema de saúde com vários desafios e grande intercâmbio comercial com a República da China, tão logo teve conhecimento da ocorrência de uma epidemia de grande magnitude, iniciou em Fevereiro, a implementação de uma série de medidas de prevenção e preparação contra a Covid-19

Frisou que o país começou por adoptar um Plano Nacional de Contingência Multissectorial com financiamento específico e sob gestão do Ministério das Finanças. Sílvia Lutucuta acrescentou que as medidas iniciais consistiram no encerramento de fronteiras, proibição de voos comerciais e privados de passageiros de Angola para o exterior e vice-versa

Sílvia Lutucuta apontou ainda outras medidas, como a instituição de quarentena obrigatória (institucional e domiciliar), com vigilância aos passageiros de voos humanitários e o reforço da vigilância epidemiológica aos casos suspeitos e respectivos contactos

A ministra salientou que as medidas subsequentes consistiram em declaração do Estado de Emergência e publicação de Decretos Presidenciais com medidas específicas, visando retardar a introdução e transmissão do vírus, o alastramento da pandemia para todo o país, proteger a população mais vulnerável e manter o funcionamento da economia

A implementação precoce destas medidas, disse, acrescidas de confinamento domiciliar, distanciamento social, higiene das mãos, uso de máscaras e ampla campanha informativa sobre a evolução da epidemia, dentre outras, têm permitido o controlo da situação, registando-se até ao momento 50 casos confirmados, três óbitos, 17 recuperados e 30 pacientes activos clinicamente estáveis

“O grande desafio é a testagem ampla em grupos populacionais de risco para a caracterização da circulação comunitária do vírus no país, pelo que apelamos ao apoio da OMS neste domínio e também para o reforço dos mecanismos para melhoria da vigilância sanitária transfronteiriça, no quadro do Regulamento Sanitário Internacional”, apelou. Sílvia Lutucuta enalteceu o apoio que o país tem recebido de outros parceiros das Nações Unidas e da Cooperação Internacional

Declaração da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu 2020 como ano internacional dos profissionais de enfermagem e obstetrícia. Designado pela Assembleia Mundial da Saúde de 2019, o marco comemorativo tem como objectivo reconhecer o trabalho feito por enfermeiras, enfermeiros e parteiras em todo o mundo, bem como defender mais investimentos para esses profissionais e melhorar as suas condições de trabalho, educação e desenvolvimento profissional

Segundo a OMS, o mundo precisa de mais nove milhões de enfermeiros e parteiras para atingir a meta de cobertura universal de saúde até 2030. Nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destaca que são necessários 800 mil profissionais de saúde, incluindo pessoal de enfermagem e obstetrícia

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