PGR abre processos crimes contra responsáveis da Igreja Universal
A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana instaurou dois processos-crime contra a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) de Angola, tendo como base denúncias feitas em janeiro e em novembro, anunciou hoje o porta-voz do Ministério do Interior
De acordo com o oficial da Polícia Nacional, os dois processos surgem na sequência de denúncias feitas de práticas ilícitos criminais
Informou que estão a ser efectuadas as diligências policiais para se aferir a veracidade dos factos denunciados, alguns dos quais que atentam contra a pessoa humana, e crimes de branqueamento de capitais, entre outros ilícitos
A 28 de Novembro, um grupo de bispos e pastores anunciou a ruptura com o bispo Edir Macedo (líder da igreja), por alegadas práticas doutrinais contrárias à religião, como a exigência da prática a vasectomia, além da evasão de divisas para exterior do país
Um comunicado assinado por mais de 300 bispos e pastores angolanos denunciou que, nos últimos 12 meses, a liderança brasileira, por orientação de Edir Macedo, passou a forçar os pastores angolanos a submeterem-se ao processo de vasectomia
Os bispos denunciam ainda a decisão de vender mais de metade do património da IURD em Angola, que inclui residências e terrenos que foram adquiridos ou construídos com os dízimos, ofertas e doações dos bispos, pastores, obreiros e membros de Angola, sem prévia consulta à comunidade eclesial
A propósito, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que está a investigar, já há algum tempo, as denúncias de castração química e vasectomia de que são, eventualmente, submetidos alguns pastores da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Angola
O vice-procurador-geral da República, Mota Liz, afirmou que “já corre um processo de uma denúncia de caso de castração química em tempos idos. E esse processo corre o seu trâmite normal”
A PGR acredita terem surgido “novos elementos” que, certamente, serão levados a apreciação, objectivo de trabalho e investigação
Ainda assim, incentivou que sempre que as pessoas tomarem nota de um facto criminal devem participar, mesmo por meios oficioso, na PGR

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