Moradores pretendem que a PGR ponha fim à gestão privada de escolas públicas
Moradores da cidade do Sequele, município de Cacuaco, em Luanda, manifestam-se contra a gestão privada de três escolas públicas existentes na urbanização e pedem a intervenção da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitarem que a entrega das escolas à gestão privada seja “um acto administrativo eivado de ilegalidade”
Não é de hoje que vários moradores se manifestam contra a gestão privada das escolas públicas da cidade do Sequele, uma decisão tomada, em 2014, pelo Gabinete Provincial da Educação de Luanda, quando ainda era gerido por André Soma
Alguns moradores descontentes voltaram à carga depois de ter sido tornado pública, há dias, a decisão da Procuradoria-Geral da República, que determinou o confisco de uma escola primária e do I ciclo do Ensino Secundário localizada no projecto KK-5000, no município de Belas, e indicou, como fiel depositário, o Ministério da Educação
O confisco da escola do KK-5000, que havia sido transformada em colégio em 2016, foi determinado pelo Serviço de Recuperação de Activos, no âmbito de um processo de investigação patrimonial, por haver indícios de crimes de participação em negócios ilícitos e tráfico de influência
Na sequência da decisão tomada pela PGR em relação à escola do KK-5000, moradores da cidade do Sequele, contactados terça-feira pelo Jornal de Angola, renovaram o descontentamento, pedindo à Procuradoria-Geral da República que intervenha porque, na opinião de alguns, o contrato de gestão lesa os interesses do Estado
A divulgação da entrega das escolas da cidade do Sequele à gestão privada começou em forma de rumores, em 2014, e especulava-se que a Igreja Católica seria a gestora das unidades escolares que, curiosamente, passaram a ter nomes de padres
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